Agosto
O
dia acordou cinzento
Com
laivos de nostalgia
Sem
ponta de cor ou brilho
Que
espante mágoas distantes
_
ou cuidados mais presentes.
Deixou-se
ficar letárgico
Numa
almofada de brumas
Sem
gestos desenfreados
Nem
ideias fantasistas:
O
mundo em tons deslavados.
Com
uma tal disposição
Seria
mesmo tolice
Chamar
as cores buliçosas
A
limpar o pó à vida
_
e inquietar a preguiça.
Seja!
Que em paz a manhã boceje,
Que
a tarde deslize lenta;
E
um brando lusco-fusco,
À
margem de sol ou de lua,
Apadrinhe
o dia inteiro.
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