...MEIA ESTAÇÃO...
É quase o tempo da estação perdida
É quase certo o reencontro nos aromas limpos
Na luz com segredo e mistério
Mil cantos de aves em despedida.
Partem-se os sóis nos estilhaços de terra
Límpidos, líquidos da visita de mar em espuma,
Verdes e azuis em dolentes danças de algas
Cantos frescos em dourada ressonância.
E as pegadas de gaivota que prendem o céu à terra
Não agrilhoam mágoas nem vertigens de liberdade
Nem cantam alvores de longos dias de enganos.
Então os tardios recados que o crepúsculo lento abriga
Falam de ouro e sangue e íntimo calor que o centro oferece
E que não teme ameaças de invernos nem de rigores
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Casa Das Fontes _ 20/08/08