…ABRIGO…
Aninho-me no teu
Marulhar,
Plácido manto que
Me embala e, finalmente,
Cala as lâminas do
Pensar.
Goteja a calma
Em cada lento,
Quase langoroso salpico,
Abrigo húmido
Onde não cabem
As raivas ou medos.
Cerro as pálpebras
E abro o olhar
Para o doce palpitar
Da claridade que
Me recebe.
E assim, adormeço a
Corrida do tempo.
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Casa das Fontes_11/09/06
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