sexta-feira, 30 de maio de 2008

...ABRIGO...





…ABRIGO…



Aninho-me no teu

Marulhar,

Plácido manto que

Me embala e, finalmente,

Cala as lâminas do

Pensar.

Goteja a calma

Em cada lento,

Quase langoroso salpico,

Abrigo húmido

Onde não cabem

As raivas ou medos.

Cerro as pálpebras

E abro o olhar

Para o doce palpitar

Da claridade que

Me recebe.

E assim, adormeço a

Corrida do tempo.
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Casa das Fontes_11/09/06


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